09 novembro, 2006

O Síndrome dos Príncipes Árabes

Há já uns tempos privei com um homem por quem me encantei. De facto o sujeito tinha tudo: encantador, gentil, esperto como um alho, cheio de sentido de humor, educado e inteligente. Não lhe faltava também uma boa figura.

Passámos noites muito divertidas e interessantes. Por meses se arrastaram as nossas conversas. Era sempre um prazer trocar impressões/ideias com ele sobre os mais variados assuntos. Eram cultas, inteligentes e divertidas, umas sobre assuntos importantes gerais como a educação dos filhos ou o sentido de familia, por exemplo, e outras simplesmente privadas, mas todas terminavam com aquela sensação de bem-estar, de se ter aprendido algo ou de ter descoberto que afinal existe alguém que pensa e sente as coisas como nós. Especialmente raro sendo de sexos opostos!
O idílio durou meses! Todos eles felizes e cheios de boas gargalhadas, que decorreram à velocidade da luz, graças a essas mesmas conversas.
Mas, claro, havia um senão: a maioria delas foram mantidas via e-mail, msn ou telefone que aproximam de facto mas não juntam as pessoas.
Afinidades realizadas, promessas trocadas o facto é que a vida que ele afinal mantinha, vim depois a descobrir (como diz uma amiga: "o mundo é uma varandinha"), equivale à de um príncipe árabe – tem os meios, educação, o saber estar, tudo em bom, mas mantém um harém! Consegue ter o melhor de dois mundos: as mulheres que querem (o que lhes transmitem o sentido de aventura e de conquista) e uma família (que lhes dá estabilidade).
Então, cicatrizadas as feridas, uma epifania: os homens (e aqui generalizo porque eles andam ai), não, não é que não saibam o que querem, ou aquela velha frase "dizem que querem uma coisa e fazem outra", não senhor, eles sabem muito bem, não conseguem é explicar com sucesso. Por isso como ajuda aos mesmos (não, não é preciso agradecerem) expliquem que sofrem do "sindroma do príncipe árabe" e já está.
Deixam lá é as mulheres ocidentais descansadinhas e metam-me com as odaliscas. Só vos fica bem. Senão, ainda têm outra solução: Emigrem (o que por acaso foi o que este meu "amigo" fez!!!).
;)

3 comentários:

Malandrinni disse...

que falta de chá...

amir disse...

como se chama esse principe arabe

Muna disse...

Sorry... I don't kiss and tell ;)